sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Os dois pares

No começo foram três. Depois ficaram quatro.
Estava quente, o ar condicionado não estava dando vasão.
Tinha uma cama grande e também tinha uns gatos miando lá fora.
 
Na verdade era ela quem queria, ele achava que não iria gostar, ela enfim conseguiu convencê-lo depois de 4 meses, antes tarde do que nunca...
 
Tudo começou quando o namoro ficou sério, ela gostava de meninos, depois de meninas e depois novamente de meninos, mais ainda de meninas.
A alternativa que ela achou foi isso.
Ah se ela soubesse...

Era pra ser tudo bom e gostoso, tesão do começo ao fim.
Acabou não sendo, foi uma enrolação, dois pares apaixonados com outro par desconhecido, foi gostoso, até surgir a pergunta: Posso encostar nele?
 
Ah, se ela soubesse que na metado do caminho iria se arrepender...
 
Dois pares, sexo, amor, paixão, compromisso. Traição? Talvez.
 
Ela queria os dois, os três, acabou sem nenhum.
No final, o namoro sério com dois, virou um namoro sério com três, não foi o que ela quis, ela só queria sexo, é claro.
Mas ele se envolveu, a outra gostou ainda mais dele, eles foram se conhecendo, saindo, se descobrindo, num trio, depois só os dois.
 
Foi ela quem provocou, queria ter dois, dizia que ficaria completa assim, acabou ficando sozinha com outros desconhecidos.
 
Agora jura que jamais vai acontecer, jamais vai se envolver, mais quem tem razão quando escuta o coração?

10 coisas que eu odeio em você

10 coisas que eu odeio em você
Odeio o fato de você ser bagunceiro
E como faz eu morrer de ciúmes
Odeio aquele seu sapato esporte
E como me trata quando está trabalhando
Odeio o seu jeito de arrumar a casa
E o tempo que demora no banheiro
Odeio aquela sua barbicha
E não saber o que está pensando
Odeio quando me faz muitas cócegas
E quando não sabe parar
Odeio saber que você me conhece
E odeio ainda mais, quando acho que não conheço você
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Escolhas

Às vezes, fazemos escolhas e coisas em nossas vidas que nem demos conta do que estamos fazendo, ou o porquê estamos a fazer tal coisa.
Todos fazem isso, uns mais outros menos.
E quando paramos e olhamos para trás... às vezes bate um desconforto, um arrependimento ou o famoso se ; "se eu não tivesse feito isso.. se eu fizesse aquilo..."
E junto com o desconforto e o arrependimento, às vezes têm as malditas lágrimas que cismam em percorrer por nosso rosto sem nem mesmo quizermos chorar.
Elas apenas saem, fluem e voam, e às vezes é tarde demais para poder voltar atrás, até porque, se pudessemos voltar, não valeria à pena viver sabendo que você poderá acertar no futuro, seria viver sem medo, sem riscos, perderia o tesão de toda a coisa.
Precisamos quase sempre de coisas e pessoas novas para que nosso mundo gire.
Novos amigos, novas conversas, novos gostos e novos amores.
O novo talvez assuste, por isso uns caem na infeliz rotina.
Novos amores pra mim é o mais complicado e dificil.
Começa ficando dificil por "ter" que esquecer um antigo amor (o que é péssimo) ainda mais se existir amor.



Brenda Christine.

Marina e Bruna

Cansada de todo aquele marasmo, levantou da cama e foi para cozinha. Enxugou as lágrimas, lágrimas que ela já não entende porque ainda saem.
Pensou por alguns segundos em beber um copo d'água com uns comprimidos para dormir, mas desistiu...
Na base de mármore avistou o faqueiro com quatro facas arrumadas de acordo com o tamanho na vertical, alçou o cabo mais longo.
Pensou no caminho para seu quarto em escrever uma carta, um poema, ou qualquer outra coisa mas repensou, seria em vão escrever alguma coisa se ninguém fosse notar.
Estava difícil viver sem aquela que foi por um bom tempo, por título e merecimento, o amor de sua vida.  
Já não atendera mais o telefone há uns 20 dias, quebrou os telefones, os espelhos, até as cartas de Bruna ela as queimou. Os presentes, as fotos, tudo que a lembrasse. 
Com uma faca na mão, foi para o quarto que era delas, no canto de Bruna e fez um corte no pulso esquerdo. Um corte diagonal.
Via seu próprio sangue jorrando, por cima dos lençóis e não satisfeita faz um ainda maior.
Mais um, mais um, mais um...
Chorava mais por cada gota de sangue caída. Não pela dor dos cortes, mas pela perda de sua amada.
Até que já não aguentou mais, e levantou a faca e acabou de uma vez com todo o seu sofrimento.
Acabou, para Marina acabou.
Não suportou viver sem Bruna.
Suicidou.
Mais alguém logo depois abre a sua porta.
Gritando, desesperada, pedindo desculpas, perguntando porquê ela não retornava as ligações.
Quando Bruna chegou na porta do quarto vê todas suas coisas queimadas.
E, ao chegar no quarto vê o sangue de sua amada no chão,
Corre, tenta socorre-la, mas não consegue.

E resolver fazer o mesmo, juntar-se à ela.

Brenda Christine.

Carta para você...

O motivo pelo qual estou lhe escrevendo esta carta, é pra te pedir sinceras desculpas. Não por algo específico, mas pelo que fiz e pelo que ainda hei de fazer.
Talvez o mundo esteja me pregando uma peça, sabe quando acontece aquelas coisas que nós achamos pura sacanagem, mais depois sabemos que é bem feito pra gente?
Que merecemos mesmo nos fodermos só porque estamos vivos, e fizemos oque fizemos lá no passado.
Enfim, eu sempre vivo pedindo desculpa, pra quase todo mundo, o foda é pedir desculpa pra mim mesma.
Mas mesmo assim, eu te peço. Talvez porque é só essa forma de mostrar que tô arrependida.
É porque eu não gosto muito de dizer "eu me arrependo e nunca mais vou fazer"; acho que soa meio falso e um pouco clichê.
E dizer: nunca mais vou fazer...  Você diz -como você sabe? prevê futuro agora?
Bom, eu não prevejo.. mas eu não tô mais afim. E não quero te magoar, me magoar e muito menos acabar com a gente.
É, eu sei, eu já falei isso, e mesmo assim, o fiz. Sinto muito por isso, sinto mesmo.
Se me permitir, lhe mostrarei isso.
Com gestos ou palavras.
Enfim, eu amo você e te quero muito.

Brenda Christine.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Nós

Me pega pela nuca gelada e prova de novo a sua rapidez.
Me nega teu beijo, me empurra e me abraça como da última vez.
Me parte no meio e me engole inteiro sem nem mastigar.
Me manda à merda e me aperta entre as pernas q'eu já apertei.
Me arranca o riso e esconde no sorriso a verdade que sei.
Me fura os olhos e me engana, mente e me esgana onde você quiser, faça-se assim o meu homem, que serei tua mulher.

Dele (Allan Bonfim), Para mim.

Doce Provocação

Ela chegou linda, pra falar a verdade nunca esteve tão linda pra mim.
Com o olhar meigo, amargo e provocante, de saia justa, camiseta branca e propostas indecentes.
Calcinhas pelo chão, na cabeceira o meu sutiã, pele arranhada, sussurros e gritos.
Levantou, pôs a roupa, e disse: não conta pro teu namorado, não conto pro meu.
E foi embora, sem ao menos dizer adeus.
 
Brenda Christine.