Cansada de todo aquele marasmo, levantou da cama e foi para cozinha. Enxugou as lágrimas, lágrimas que ela já não entende porque ainda saem.
Pensou por alguns segundos em beber um copo d'água com uns comprimidos para dormir, mas desistiu...
Na base de mármore avistou o faqueiro com quatro facas arrumadas de acordo com o tamanho na vertical, alçou o cabo mais longo.
Pensou no caminho para seu quarto em escrever uma carta, um poema, ou qualquer outra coisa mas repensou, seria em vão escrever alguma coisa se ninguém fosse notar.
Estava difícil viver sem aquela que foi por um bom tempo, por título e merecimento, o amor de sua vida.
Já não atendera mais o telefone há uns 20 dias, quebrou os telefones, os espelhos, até as cartas de Bruna ela as queimou. Os presentes, as fotos, tudo que a lembrasse.
Com uma faca na mão, foi para o quarto que era delas, no canto de Bruna e fez um corte no pulso esquerdo. Um corte diagonal.
Via seu próprio sangue jorrando, por cima dos lençóis e não satisfeita faz um ainda maior.
Mais um, mais um, mais um...
Chorava mais por cada gota de sangue caída. Não pela dor dos cortes, mas pela perda de sua amada.
Até que já não aguentou mais, e levantou a faca e acabou de uma vez com todo o seu sofrimento.
Acabou, para Marina acabou.
Não suportou viver sem Bruna.
Suicidou.
Mais alguém logo depois abre a sua porta.
Gritando, desesperada, pedindo desculpas, perguntando porquê ela não retornava as ligações.
Quando Bruna chegou na porta do quarto vê todas suas coisas queimadas.
E, ao chegar no quarto vê o sangue de sua amada no chão,
Corre, tenta socorre-la, mas não consegue.
E resolver fazer o mesmo, juntar-se à ela.
Brenda Christine.
Nossa! Que história triste! Para se amar alguém de verdade, precisa se amar antes...
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